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10.02.2010

Profissionalismo - Parte II



A noite chegou rápido. Fui para casa, tomei um banho e peguei minhas coisas. Liguei para Danilo. "Tudo pronto?", ele confirmou. Saí de casa rumo à festa.
Encontrei várias pessoas da faculdade. 
"Você aqui?", perguntaram. 
"Pois é, tenho assuntos a resolver".
Algum curioso chegou a perguntar: 
"Como o quê? Não vai estudar, vai?".
Não resisti e respondi:
"Não. Na verdade, eu tenho que matar algumas pessoas."
"Cara, você é realmente estranho!"
Nesse momento, vi Danilo. Ele acenou para mim, minha expressão mudou. Eu havia entendido, era hora de começar.
Um homem se aproximava. Reconheci, estava na lista que havia recebido. Com um rápido movimento, virei seu pescoço. Ele caiu, imóvel, no chão. Meus colegas me olhavam espantados. Vi Danilo acionando algo: todas as entradas da galeria foram fechadas. Ninguém entra, ninguém sai.
Peguei as duas facas que guardava na cintura. Alguns policiais se aproximaram, mas eu os desarmei. Danilo fez a mesma coisa. Pouco a pouco, identificávamos os integrantes da lista e, um por um, caíam no chão. Até que eu a vi, vinha em minha direção apontando sua arma: Amanda, uma policial  antiga. Desarmei-a facilmente e a algemei, deixando suas mãos atrás das costas. 
Todos olhavam para Danilo e eu, estavam espantados e não entendiam o que estava acontecendo. Até que Amanda decidiu falar:
"Matando pessoas em uma festa. Que falta de criatividade, mas ousado. Quero dizer, na frente de todos, sem esconder sua identidade."
Não falamos nada.
"Não vai me matar logo? Estou algemada. O que vai fazer? Me bater? Já sei, vai me estuprar e depois matar."
Olhei para ela.
"Te estuprar? Eu sou um assassino. Te estuprar não seria... ético." - sorri sadicamente, ela entendeu.
"Não acredito no que estou ouvindo. Um assassino falando de ética. Isso existe nesse ramo?"
"No ramo, não sei? Mas tenho meus princípios."
"Princípios?"
"Sou um assassino, não um animal sanguinário. Mas não convém falar disso agora." - desviei o olhar para o lado.
Do meio da multidão, surgiu uma garota. Mesmo vendo tudo, seu semblante era calmo, eu diria indiferente. 
Ela se aproximou da policial, e começou:
"Sabe, meu pai me batia quando eu era menor. Batia forte, eu chegava a sangrar, minha mãe desmaiava. Até que, certo dia, decidimos parar o maldito. Foi uma luta e tanto, mas ele caiu, para nunca mais levantar. Alguns vizinhos ouviram o barulho e chamaram a polícia, que chegou arrombando a porta. Imobilizaram minha mãe, iriam levá-la. 'Não podiam fazer isso comigo', pensei. Peguei a faca que usamos para matá-lo e a enfiei na perna de um policial. Descobri que era uma policial. Ela gritou de dor, e me segurou, falando que eu era uma marginal. Fui parar em um orfanato perto da região: Saint Cruz. Você sabe como é lá? Antes tivesse ficado com meu pai." - a garota parou um pouco, sorriu vagamente. Amanda escutava tudo atenciosamente. 
Caterine, a garota, se aproximou de mim e pediu uma das facas. Dei-lhe uma. Perto de Amanda, Cate rasgou sua calça e viu a cicatriz que causara quando criança. Amanda estava assustada, seus olhos estavam mais abertos que o normal. Cate a olhou, apreciou sua expressão, sorriu e retomou a fala...

13 comentários:

  1. Difícil ler ficção nos blogs.
    Gostei do texto. Um assassino coom regras próprias, éticas próprias e no 'fim' um suspense para o próximop texto.

    Vamos ver o que acontece...

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  2. Interessante o texto e a história, deixou no ar coisas para imaginarmos. Muito bem escrito o texto, parabéns!

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  3. Todos possuem seus princípios, até um assassino, né?
    Gostei muito!
    Me senti dentro da festa, vendo tudo.

    :)

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  4. Gostei bastante!
    Estou ajudando uma amiga minha com a divulgação do blog dela, ficarei grata se puder seguir e comentar !
    http://gihcamp.blogspot.com/

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  5. Cara confesso que não gostaria de ter ido nesta festa.

    Assassinos com princípios?? o melhor princípio pra eles seria a morte.

    grande abraço.

    www.bloginoportuno.blogspot.com

    Bons Ventos!!

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  6. Texto bem psicodelico , mas bacana ,
    parabéns pelo blog

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  7. texto bem legal , gostei .
    Também me senti na festa , vendo a cena .
    Seguindo teu blog já, quero continuar a ler *-*

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  8. Você cortou toda emoção, toda dinâmica qdo usou apenas " os desarmei" sem falar como teria sido isso. Ficou mais um conto meio gótico do que uma ação propriamente dita.
    também achei que vc desviou um pouco o foco qdo prolongou demais a participação da menina. Ela poderia pertencer ao grupo de assassinos e posteriormente vc revelasse o motivo da conduta cruel dela com policiais. Mas enfim, a história é sua. rsrs
    as falas poderiam ser mais intrigantes, umas sacadas mais dinâmicas.. tipo the death note sabe? ficaria legal.
    Mas continue escrevendo. Qdo mais escrevemos mais desenvolvemos um estilo e mais marcante ele fica.
    Muito sucesso pra vc!
    __
    http://coracaoonline.blogspot.com/

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  9. Uau!! Fiquei com medo de verdade!!!rsrs

    Te sigo.

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  10. AS VEZES AS PESSOAS SE PERDEM HEIN
    MEDAO!

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  11. Vou lendo o texto e tendo ideias... Infelizmente, sofro desse problema de querer imaginar ainda mais a cena, de aprofundar nos detalhes, de criar a cena... Acho que facilita entrar na história, permitindo sentir cada sensação vivida pelo personagem.

    Por um momento, imaginei a velha cena de "Carrie, a Estranha", somada ao sangue frio de Dexter, vivendo harmoniosamente.

    Vamos à parte final, que agora fará muito mais sentido do que antes. ;)

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