A noite chegou rápido. Fui para casa, tomei um banho e peguei minhas coisas. Liguei para Danilo. "Tudo pronto?", ele confirmou. Saí de casa rumo à festa.
Encontrei várias pessoas da faculdade.
"Você aqui?", perguntaram.
"Pois é, tenho assuntos a resolver".
Algum curioso chegou a perguntar:
Algum curioso chegou a perguntar:
"Como o quê? Não vai estudar, vai?".
Não resisti e respondi:
Não resisti e respondi:
"Não. Na verdade, eu tenho que matar algumas pessoas."
"Cara, você é realmente estranho!"
Nesse momento, vi Danilo. Ele acenou para mim, minha expressão mudou. Eu havia entendido, era hora de começar.
Um homem se aproximava. Reconheci, estava na lista que havia recebido. Com um rápido movimento, virei seu pescoço. Ele caiu, imóvel, no chão. Meus colegas me olhavam espantados. Vi Danilo acionando algo: todas as entradas da galeria foram fechadas. Ninguém entra, ninguém sai.
Peguei as duas facas que guardava na cintura. Alguns policiais se aproximaram, mas eu os desarmei. Danilo fez a mesma coisa. Pouco a pouco, identificávamos os integrantes da lista e, um por um, caíam no chão. Até que eu a vi, vinha em minha direção apontando sua arma: Amanda, uma policial antiga. Desarmei-a facilmente e a algemei, deixando suas mãos atrás das costas.
Todos olhavam para Danilo e eu, estavam espantados e não entendiam o que estava acontecendo. Até que Amanda decidiu falar:
"Matando pessoas em uma festa. Que falta de criatividade, mas ousado. Quero dizer, na frente de todos, sem esconder sua identidade."
Não falamos nada.
"Não vai me matar logo? Estou algemada. O que vai fazer? Me bater? Já sei, vai me estuprar e depois matar."
Olhei para ela.
"Te estuprar? Eu sou um assassino. Te estuprar não seria... ético." - sorri sadicamente, ela entendeu.
"Não acredito no que estou ouvindo. Um assassino falando de ética. Isso existe nesse ramo?"
"No ramo, não sei? Mas tenho meus princípios."
"Princípios?"
"Sou um assassino, não um animal sanguinário. Mas não convém falar disso agora." - desviei o olhar para o lado.
Do meio da multidão, surgiu uma garota. Mesmo vendo tudo, seu semblante era calmo, eu diria indiferente.
Ela se aproximou da policial, e começou:
"Sabe, meu pai me batia quando eu era menor. Batia forte, eu chegava a sangrar, minha mãe desmaiava. Até que, certo dia, decidimos parar o maldito. Foi uma luta e tanto, mas ele caiu, para nunca mais levantar. Alguns vizinhos ouviram o barulho e chamaram a polícia, que chegou arrombando a porta. Imobilizaram minha mãe, iriam levá-la. 'Não podiam fazer isso comigo', pensei. Peguei a faca que usamos para matá-lo e a enfiei na perna de um policial. Descobri que era uma policial. Ela gritou de dor, e me segurou, falando que eu era uma marginal. Fui parar em um orfanato perto da região: Saint Cruz. Você sabe como é lá? Antes tivesse ficado com meu pai." - a garota parou um pouco, sorriu vagamente. Amanda escutava tudo atenciosamente.
Caterine, a garota, se aproximou de mim e pediu uma das facas. Dei-lhe uma. Perto de Amanda, Cate rasgou sua calça e viu a cicatriz que causara quando criança. Amanda estava assustada, seus olhos estavam mais abertos que o normal. Cate a olhou, apreciou sua expressão, sorriu e retomou a fala...