os pés descalços,
a trouxa de roupa na cabeça,
ao destino do riacho,
deixara as crianças em casa,
brincando debaixo do sol quente,
a comida era escassa,
as roupas, nem se fala.
Abria a trouxa que levara,
começava o trabalho árduo,
esfregava aquelas roupas,
e cantava, e cantava,
cantigas variadas,
de tristeza e alegria,
enxagüava a roupa ensaboada,
e torcia, e torcia,
e ela estava ali,
a beira da correnteza,
esfregando as roupas da patroa,
por umas míseras moedas.
Volta do serviço,
vai à feira fazer compras,
cenoura, repolho e chuchu,
de novo vai ser sopa, pensava,
mas quando chegava em casa,
e seus filhos viam a sacola com comida,
seus olhos brilhavam e o sorriso era certo,
e ia para o fogão, preparar o 'sopão',
para sua prole tão amada,
e era por ela,
que sua vida continuava.
Douglas Mateus
Bem interessante, só acho que devia separar em trechos, principalmente logo depois da rima ... mas no geral ficou ótimo.
ResponderExcluirque lindo, a simples, mas ao mesmo tempo retrata a realidade e o amor da maioria das familias brasileiras.
ResponderExcluirparabens
Pois é rapaz, tem muia gente que nem sonha o que são dificuldades como essas. Esse é o Brasil que não aparece nos cartões postais.
ResponderExcluirSimples e funcional. Muito bom o seu poema, meu amigo.
ResponderExcluirbem legal, deu pra entender!!
ResponderExcluirabraço
Nossa! Que lindo *-*
ResponderExcluirBem diferente do que geralmente escrevem em poesias. Pois a maioria fala de amor ...
bom, essa tambem fala de amor. mas um amor diferente, amor de familia. e é uma coisa que, eu acho, que tá faltanto muito entre as atuais. ''/
parabens
beijos