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7.15.2010

Razão de Viver

Caminhando na terra,
os pés descalços,
a trouxa de roupa na cabeça,
ao destino do riacho,
deixara as crianças em casa,
brincando debaixo do sol quente,
a comida era escassa,
as roupas, nem se fala.
Abria a trouxa que levara,
começava o trabalho árduo,
esfregava aquelas roupas,
e cantava, e cantava,
cantigas variadas,
de tristeza e alegria,
enxagüava a roupa ensaboada,
e torcia, e torcia,
e ela estava ali,
a beira da correnteza,
esfregando as roupas da patroa,
por umas míseras moedas.
Volta do serviço,
vai à feira fazer compras,
cenoura, repolho e chuchu,
de novo vai ser sopa, pensava,
mas quando chegava em casa,
e seus filhos viam a sacola com comida,
seus olhos brilhavam e o sorriso era certo,
e ia para o fogão, preparar o 'sopão',
para sua prole tão amada,
e era por ela,
que sua vida continuava.

Douglas Mateus

6 comentários:

  1. Bem interessante, só acho que devia separar em trechos, principalmente logo depois da rima ... mas no geral ficou ótimo.

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  2. que lindo, a simples, mas ao mesmo tempo retrata a realidade e o amor da maioria das familias brasileiras.
    parabens

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  3. Pois é rapaz, tem muia gente que nem sonha o que são dificuldades como essas. Esse é o Brasil que não aparece nos cartões postais.

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  4. Simples e funcional. Muito bom o seu poema, meu amigo.

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  5. bem legal, deu pra entender!!
    abraço

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  6. Nossa! Que lindo *-*
    Bem diferente do que geralmente escrevem em poesias. Pois a maioria fala de amor ...
    bom, essa tambem fala de amor. mas um amor diferente, amor de familia. e é uma coisa que, eu acho, que tá faltanto muito entre as atuais. ''/
    parabens
    beijos

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