O som estava alto. Eu olhava para os lados, mas não vinha nenhuma idéia. Até que eu vi um carro atrás da casa. Corremos em direção a ele. Pude notar o movimento do carro: sobe e desce. Ele já estava ocupado. Continuamos correndo, sendo ele minha única esperança. Por sorte, a porta estava aberta. Nós entramos nos bancos dianteiros, enquanto um casal transava nos de trás. Eles não se assustaram quando entramos, pelo contrário, olharam para nós e começaram a rir. “Mais dois para brincar”, disse o garoto. Não dei muita importância e pedi para que a moça coloca-se a roupa.
Percebi que a mulher atrás passava a mão nos seios da moça. Me virei para parar com a brincadeira, e senti algo em meu pescoço. Na verdade, ele havia passado a língua em mim, enquanto a outra tentava agarrar a moça. Deixei de lado, lembrei que estávamos sendo perseguidos. Liguei o carro. Olho para fora e vejo um dos garotos correndo em nossa direção. Arranquei o carro e saí na maior velocidade, enquanto recebia mordidas em minha orelha.
Dirijo à saída. Perto de chegar a estrada, parei o carro bruscamente. Olhei para frente, não havia como sair. Eles criaram uma barreira. Sim, eles se fizeram de barreira e a saída estava fechada. Não podia simplesmente atropelá-los. Fiquei parado, ali, com as mãos no volante, enquanto os dois de trás gemiam. Olhei para os lados, dois garotos vinham pela esquerda e mais dois pela direita. Perdi as forças, seríamos pegos. Olhei para a moça, estava encolhida no banco. Vi seu rosto. Me doeu ver aquele rosto assustado, desesperada, aqueles olhos pareciam ter perdido a esperança. Aqueles olhos...
Agarrei forte o volante com as mãos. Pisei fundo no acelerador. O carro estava indo rápido em direção à barreira humana. Não se mexeram. Um pouco mais perto. Nenhum movimento. Eles não iriam sair. Pensei em parar o carro de novo, mas lembrei daqueles olhos. Pisei mais fundo.
Por incrível que pareça, os garotos pularam para o lado, e conseguiram se salvar. Estávamos na estrada, agora. Estava dirigindo para bem longe dali, entrava em qualquer rua, seguia qualquer direção que nos levasse longe dali. Olho para a moça, agora vestida. Sua expressão de horror havia desaparecido e, assim como eu, mantinha o alívio na face. E os dois atrás... Bem, continuavam o que estavam fazendo. Não perceberam nada e, de vez em quando, tentavam juntar-nos a eles naquela viajem de prazer.
O nosso destino agora me preocupava. Não podia chegar em casa com ela, naquele estado e um casal trepando no carro. Eu não entraria na porta de casa. Se fossemos para a casa dela, seria difícil explicar aos seus pais o que aconteceu. Passávamos pelos postes de luz, sem idéia do que fazer. Então eu vi: um motel. Seria bom passar a noite fora de casa, depois daquilo. Parei o carro no estacionamento.
Eu e ela entramos, deixando os dois amantes no carro. Pedi que descansasse um pouco. Fui tomar banho. Deixei a porta aberta, para que, se acontecesse algo, pudesse eu ouvir. A água quente caía em meu corpo, massageando-o. Abaixei a cabeça e deixei a água cair, enquanto pensava no que faria no dia seguinte. De repente, sinto minhas costas serem tocadas. Fui abraçado. Senti seus seios, seu quadril. Viro-me, olho para ela e retribuo o abraço. Ela me beija. Um beijo forte, de tirar o fôlego. Talvez tenha sido isso o que aconteceu, o fôlego, pois de repente ela perdeu a consciência. Havia desmaiado. Troquei sua roupa e a coloquei na cama. Vesti-me e deitei também. Deitei de lado, mas não consegui dormir. O que seria o amanhã me preocupava. Até que senti seus braços me envolvendo novamente. “Não estava desmaiada?”, pensei. Mas não fiz nada. Estava gostando de estar com ela. Até que... adormeci.
Bem intenso e com um ótimo ritmo de leitura..
ResponderExcluirFaz imaginar a situação e as suas nuances!
;D
mUITO BOM SEU TRABALHO, GOSTEI!!!
ResponderExcluirFui ler a parte e um e baseado no post anterior a esses dois não esperava uma história dessas, se for verdade eu considero um caso triste .....
ResponderExcluirPassa no meu blog...tem selinho prá vc. Bjo.
ResponderExcluirNossa muito louco essa sua história.
ResponderExcluirMas bem interessante.
Perseguição sexo no banco do carro e sentimentos se misturam
O interessante no teu blog,é que vc consegue prender o leitor,e fazer com que passe um filme em nossas cabeças.
ResponderExcluirCada vez que venho aqui gosto mais e mais.
Beijos!
A história é perfeita!
ResponderExcluirPassa lá no blog, tem um selo pra ti lá.
Muito bom cara! Podia até desenvolver mais e criar uma boa história!!
ResponderExcluirMano, Vc escreve bem pra caramba!
ResponderExcluirCongrats!
Preciso ler a primeira parte para entender essa. Volto em breve.
ResponderExcluirabç
Pobre Esponja
Ok, fui ler a primeira parte antes de ler a parte dois, devo dizer primeiro que poderiam ser dois textos independentes que fariam muito sentido ainda assim, a narrativa é ótima, parece um triller de cinema, rapido, viceral, cheio de suspense e de nuances em cada momento, gostei do fato de vc descerever o necessário coisas muito descritivas acaba entediando, o final dessa parte surpreendente, gostei muito mesmo, e passo outras vezes por aqui! sucesso
ResponderExcluirNossa, pelo visto essa história é bem doida!
ResponderExcluirSó acho que tem muitos pontos no seu texto e eu fiquei com um pouquinho de agonia =X Tendo a pecar no oposto, acho hehehe
"Mais dois pra bricar" haha.
ResponderExcluirBelo Blog!!
Visite: http://paralelocruzado.wordpress.com/
Eu li as duas partes, são um pouco longos, mas é tão rápido para ler, tem ritmo ágil e envovelmente, está realmente de parabéns!
ResponderExcluirLerei outros sem dúvida!
Visite o meu: http://pontapedepartida.blogspot.com/
Já comentei neste post...
ResponderExcluirVou comentar rm outro post!
;D
parabens otimo texto adorei que o senhor te abençoe
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