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6.26.2012

Vermes



Hoje é o momento de reflexão. Sim, querido leitor, vamos pensar um pouco (coisa que você não deve fazer muito, não é?). Bom, lhe faço essa pergunta: se você tivesse poderes especiais, usaria para o bem ou para o mal? Talvez, você diga para o mal, prejudicar pessoas, desejos insanos... talvez diga para o bem... para o bem? Vai salvar pessoas? E como você faria isso? Pois é, pense bem. Pense muito bem...
Assaltos, assassinatos... pessoas brincando com a vida de outras. Só há um jeito de parar isso... acho que você já me entendeu. Sim, essas pessoas brincam com as vidas de outras, como se decidissem quem vive e sob quais condições. Repugnantes, vermes!
Executá-las, isso pararia suas ações. Mas.. isso não seria fazer o mal, brincar com a vida deles?
E por que isso seria um mal? Sim, não se pode fazer o bem sem um pouco de maldade. Aliás, se eles gostam de brincar de Deuses, por que nós não? Digamos, você salvaria uma criança vítima ou a alma do verme? Podemos brincar e eliminar essa corja do mundo. Assim até que soa agradável. Dessa forma, seríamos dignos da definição de heróis. "Para salvar uma pessoa, outra precisa morrer". Característica básica de um herói na nossa realidade, não acha?
E, para terminar essa reflexão, deixo-te outra, para pensar bem:



"Se começar a olhar ao seu redor... tudo o que verá são pessoas, as quais o mundo seria melhor sem" - Death Note

6.09.2012

Fluxo


Outra tarde de outono, como todas as outras. De férias em uma casa no campo (você que está lendo definitivamente não precisa saber onde), ando vagarosamente pelos caminhos de terra cobertos de folhas. A tarde estava terminando e o vento começava a soprar, fazendo as folhas secas no chão farfalharem. Não queria voltar ainda, continuei meu passeio, me aproximando do rio que havia por perto. Parado, de pé, fixei meu olhar nas correntezas da água. Tantos obstáculos e desníveis faziam da superfície cristalina um manto desregularizado. O vento ficava cada vez mais forte, fazendo meu sobretudo dançar sua sinfonia. 
Levada pelo vendo, uma folha cai no rio e começa a ser carregada pela correnteza. Meus olhos acompanham-na. Coitada, bate em uma pedra aqui, na margem ali e continua sendo carregada pela correnteza. Até que fica presa em um montinho de mato na lateral do rio. E ali fica...
Outras folhas passam por ela, desviando meu olhar. Elas continuam pelas correntes aquáticas, sabe-se lá até onde... sabe-se lá qual será seus paradeiros... 
Mas uma coisa é certa: "O rio corre para o mar..."