O Segundo não estava mais visível e Alora estava sozinho. Até que aparece uma terceira figura. Não tinha forma, era negra e não falava. Apenas emitia alguns sons disformes.
_Então ainda não tomastes forma? Interessante! - Alora fitava a figura - Um espectro assim, um vulto. Parece que o primeiro viajante ainda não possui rumo.
O vulto soltou um som agudo e curto, concordando com Alora.
_Humano tolo, instigado a deixar sua vida por algo que nem sabe o que é. Talvez seja essa a salvação dos humanos, daí temos resultados inusitados. O que fará agora, espectro?
O vulto soltou um som grave, longo e emitiu uma tímida luz azul.
_Ah, sim, compreendo. Cruzar a vida dos dois.. De fato, ficaria mais interessante se já estivesse em sua forma natural. - Alora se divertia em imaginar - mas tudo depende do primeiro viajante. Ou, quem sabe, o segundo possa lhe dá uma forma?
De fato, o Segundo poderia dar ao vulto a forma que o Primeiro não conseguiu. Emitindo uma luz vermelha o vulto se despediu de Alora e caminhou em direção ao nada. Alora sorriu para o vulto que sumia nas trevas. Era paciente, e esperaria as notícias com calma, para não estragar o prazer que elas proporcionam.
Enquanto isso, os dois viajantes se esgueiravam pela escuridão.