Os olhos
fechados,
ele
ouvia,
quase
enlouquecendo,
os
barulhos ao seu redor.
A mãe
lavava vasilha
O pai
martelava
A água
caía na pia
e
espirrava na parede empoeirada
E ele
ouvia, cada barulho
ele
sentia, cada vibração
Cada onda
sonora o incomodava
e o
levava longe de sua imaginação
A folha
caía da árvore
e causava
um terremoto
O
cachorro latia
e deixava
destroços
E o lápis
quebrou a ponta
Acabou
rasgando o papel
Não
aguentava tanto barulho
Sua mente
era sensível a tudo
Queria
escrever, queria se expressar
Mas nesse
mundo barulhento
O
perfeito caos sonoro
Só
fazia o torturar
Olá!
ResponderExcluirDouglas
Tenso...
....não adianta, não tem como ter sossego. Para quem mora com você, o fato de estar em casa significa que é sua de folga...O risco é vacilarmos na sedução que essa relativização provoca e fazermos
desse relativo um absoluto.O excesso de barulho e os atuais desafios que exigem respostas rápidas dificultam a nossa interiorização e até o nosso pensar. E o ruído incessante nos impede de encontrar a área de serenidade para escrever, expressar... E não é que usamos de forma errada. Em geral, simplesmente não usamos a mente. É ela que usa você...e o que mais assusta não é esse caos exterior, sonoro, é o silêncio dentro de si mesmo,
essa sensação de que tudo vai cair ao chão,
despencar de uma altura sem fim..
Agradeço
Abração
Douglas,
ResponderExcluirmuito bom!
Você tem talento!
Fiquei pensando nesse menino quando crescer... e tantos e tantos outros ruídos com que ele vai ter de conviver.
Beijos e parabéns!